Miosótis

Friday, October 19, 2007

Acordei hoje como quem acorda de um sono de dias... como se tudo tivesse mudado... parece até que estou em outro lugar. Quando fui dormir fazia calor e agora está um tempo frio e úmido, definitivamente não é o mesmo lugar.
Acordei meio nostálgica... só não sei do quê? Não é tpm, a minha foi há uma semana atrás... não é cansaço, descansei até demais... é um sentimento de quem está longe de casa, parece o sentimento que eu tinha quando morava em São Paulo... será que é isso? O tempo frio e chuvoso me resgatou um estado de espírito que eu costumava ficar em São Paulo? Vai ver é isso... vai ver estou ouvindo o som de um choro de alguém... um soluço abafado... o verde parece tão mais verde com essa luz.

Devo-lhe desculpas... andei sumida... mas voltei.
Estive muito ocupada, comecei a trabalhar sabe? Vai ser muito bom me ocupar, eu ia dizer um pouco, mas não é um pouco, vou ficar louca, já estou ficando, com tantas coisas para fazer... e além disso, meu corpo resolveu fazer greve essa semana, fiquei de cama uns 4 dias... mas agora estou melhor.
É muito bom parar um pouco, ficar doente... e acordar melhor numa manhã nublada e chuvosa como essa. Me deu tempo para pensar, para fazer um balanço de tudo que tem acontecido... as coisas estão indo bem... mas tenho a impressão que estou me acomodando a uma situação fácil novamente. Não estou falando do trabalho...
Como temos vícios!!! Nos comportamos da mesma maneira sem perceber... seguimos um padrão... será que é possível quebrar esse ciclo? Bom, se algumas pessoas viciadas em heroína podem se livrar do vício, eu posso me livrar do vício de seguir o caminho mais fácil... acho que alguém vai sofrer, de novo... ou será que o vício é estar fugindo antes de dar uma chance a mim mesma de ser feliz? Será que é medo?
Eu queria uma daquelas bolas 8 que nos dão respostas... será que eu acho pra comprar?

Tuesday, October 02, 2007

Clichê que esquecemos

Ao caminhar por essa vida nossos caminhos cruzam outros caminhos e às vezes andam emparelhados por um tempo, para depois seguirem rumos bem diferentes. Quando nos sentimos perdidos, como se já não estivessemos andando em caminho algum, como se estivessemos no meio de uma floresta escura, ou melhor, no meio do cerrado sem fim e sem rio... acabamos encontrando um caminho, que achamos ser de outra pessoa mas que na verdade, nada mais é do que o nosso, que estava tão escondido pelas folhas, pela poeira que o vendo trouxe que não conseguimos ver, por isso acabamos seguindo por um caminho quando estamos acompanhados, pois parece mais visível e acreditamos mais fácil, mesmo achando não ser o nosso próprio. Mas toda estrada que seguimos é nossa, só precisamos nos dar conta e tomar conta... precisamos estar atentos à paisagem e às bifurcações que se abrem, para que façamos uma escolha, sabendo para onde vamos, não apenas porque já estamos seguindo naquela direção e não queremos nos dar ao trabalho de pensar se é para lá mesmo que desejamos ir.